Tão doce


Ás vezes acho que o (meu) amor é tão pessado como o feito de comer Nutella com culher. É uma comparação perfeita. Ao principio pode ser muito agradável e legal. Mmmm... o momento exato no que o chocolate toca o paladar, o momento exato no que percebes como sobe o teu índice glucémico, o momento exato no que toda a tensão, os problemas e doenças parecem desaparecer do mundo / de súpeto.
Mas tudo tem um limite... quando percebes que levas meio tarro todo começa a mudar. E muda a uma velocidade incrível, muito próxima a essa na que viaja a luz.
Pois é assim que é o amor ás vezes, pessoal. Doce ate ficar doente de tanto amor. Doce ate não poder controlar o índice glucémico. Aditivo. Doce ate o punto no que te fasse doer os dentes.

Post

Setembro novo começo
Entre o conhecido e o desconhecido
Millions of new people
Partilhando sem questionar
Rindo, chorando
E amando

O nosso olhar projecta-se nas folhas que
U'll be fine
Têm essa cor amarela
Onde a cidade
Nobody's perfect
Ondea eternamente

O que é a performance?

Trecho de Performance como linguagem, Renato Cohen
Cohen trata o assunto de um modo muito aberto e filosófico, e que não sabemos muito bem o que é a performance, o que sabemos o que não é: não são limites nem respostas. Assim, começa já perguntando-se e perguntando-nos se o desígnio da arte é representar, recriar ou mesmo criar outras realidades. Continuando com a pergunta: que é o real? Faz-nos deste modo lictores activos, sendo uma boa introdução, que chama a nossa atenção.

Continua a falar dos precedentes, reflectindo sobre a sua evolução em conjunto da Historia da música, da literatura, da dança e das artes plásticas. Cita desde distintas vanguardas de princípios de século como o futurismo, o dadaísmo ou o surrealismo até movimentos de segunda metade de século como o happening ou o body art.

Por último, procurou em definir um pouco o que é a performance, o que é que faz que seja outra coisa distinta a todos esses movimentos anteriores. Acho muito interessantes todos os temas que toca no último ponto, Movimentos Congéneres: Da contracultura à Não-Arte: o papel de radicalidade da performance, o sua condição de anti-sistema, o principio do prazer, as questiones existenciais básicas e o facto da não imitação, de seguir um impulso verdadeiro, de trabalhar desde a própria vida. Este último conceito intimamente ligado ao trabalho de Artaud.



Sydow Quilici diz-nos da acção performática, o que é isso e as diferenças com a representação teatral e a analisa dentro das muralhas do mundo contemporâneo. Pareceu-me muito interessante a reflexão que apresenta o texto sobre o sentido não representacional desta arte cénica: a performance não representa o que entendemos como vida quotidiana porque acha que é uma mentira, estamos tudo o tempo a representar papéis segundo certas convenções e normas que nos sob impostas, actuando de forma automática. É incrível a consciência que nos da este texto sobre a antiguidade deste conceito, retomando a metáfora de theatrum mundi, “o mundo como um grande palco no qual os homens  representam os seus papéis sem terem necessariamente os escolhidos” (linha 24, pág. 35).O autor cita a Marina Abramovic, para explicar essa atitude tão própria dos performers de estar contra o teatro, precisamente por causa disto.

Faz-me reflectir sobre esse lado tão atrasado do nosso tempo, pois, vivemos numa sociedade aparentemente “moderna” em canto tecnologia e avances científicos, mas espiritualmente estamos cada vez mais atrasados, mais mortos. Cita assim a teoria do mundo líquido de Zygmun Bauman, do facto de que cremo-nos sujeitos continuamente em fluxo, em movimento ... e certamente, como vamos a representar esta realidade actual com personagens fixados, textos fixados, reacções fixadas?

Gostaria de destacar, no último parágrafo da página 37, a ideia que dá sensação que se produz antes de chegar a uma ideia ou pensamento, o que Clarice Lispector chamaria “ Pre-pensamento”. Comparo ambas análises, enquanto que Lispector diz que “O pré-pensar não é racional. É quase virgem” (pag. 15, Um sopro de vida); Sydow Quilici acha que esse pre-pensamento está influenciado sempre, que não é tão puro, porque é impossível começar algo de zero, com tudo em branco, como se acabássemos de nascer. A estarmos influenciados é algo inerente a tudo o processo, como as leituras que se lhe deram a uma obra. Ao falar delas, não podemos esquecer-nos do passado, do que já ouvimos e lemos. É uma percepção muito interessante relacionada com a filosofia. Se falamos de pensamento, falamos de filosofia. É habitual comparar a acção de um actor criador ou de um performer com a de um filósofo.

Ao falar de filosofia, falamos de palavras. Mais até onde é que chegam as palavras? É agoniante a ideia de não saber como expressar o que sentes com palavras, porque somos educados para expressa-lo tudo com palavras. Mas as palavras não chegam às vezes, é por isso que a performance capta tanto a nossa atenção, porque pretende se aproximar aos limites do dizível, como diz o autor. Não só por isso, mas por seu jogo constante como o risco, já que pretende ensinar sentimentos radicais, a extrema violência ou o sublime. Esse intento por influir na sociedade também é um plus. Parece querer captar a atenção muito fortemente, e eu acho que para isso tem que haver uma necessidade por parte do performer. É algo no que também reflicto bastante..., pois se não tem a necessidade de contar ou fazer algo, como vás a chegar aos limites do dizível, ao sublime?

O texto não pode terminar de uma forma melhor, falando da vida contemplativa tão pouco presente no mundo contemporâneo, relacionada com o sujeito da experiência do que falava 
Bondía. O sujeito que se perdeu do que fala também Bauman. Acho que este é um bom exemplo para expressar isso que os detractores da arte sempre perguntam: a necessidade desta. A arte como medicina alternativa. A necessidade dentro da “não necessidade”.

Final-mente


Final-mente. Medo e frustração.
O medo está ligado á frustração, inevitavelmente. O medo sempre é maior do que o real. Ou não? Por que esta presão no peito?
Angustia.
Boom – boom.
Boom – boom.

A energia corre pelas minhas veas e noto a presão da energia a querer sair.
É impossível não ter medo.
Look at me.
Boom – boom.
Boom – boom.

Corte, medo, corre. E eu fico aqui sozinha. Sozinha entre todos os sozinhos do mundo.
Por que é que fazemos as coisas?
Por que é que não as fazemos?
Por que é que calamos?
Por que é que ficamos?
Por que é que amamos?

O medo is everywhere. Não sei.
Eu quero ter medo. Sinto-me livre e viva. O medo é real. Sinto o presente. Sinto o destino do mundo que não existe.
É uma merda mas é.
As coisas bonitinhas do mundo também geram medo em mim, em nós. As flores, o riso, a alegría, o amor.
O medo é um instinto de supervivencia, mas por que é que continuamos a te-lo quando não temos que sobreviver?
As vezes sinto que a Terra traga-me, a areia começa a rodear tudo o meu corpo e não há ração.
Outras pessoas deveríam falar do medo, do seu medo que é final-mente o medo de todos. O medo de tudo.
O medo é frustração e é inxustiza, é estratexia, é (des)humanidade, é desafío, desexo, criação.
Merece la pena?




Baseado em Mia Couto Há quem tenha medo que o medo acabe




Ninguém sabe a minha dor



Ninguém sabe a minha dor. Não o estamos sós.
Gostaria duma companhia muda, ensilenciada, uma soa presencia, Pessoa. É possível? Uma sombra profunda, para chorar, para entender.

You are really bringing me down
You can really be a bitch

Acho que malgastei a minha vida, a malgasto e a malgastarei. É assim como é que é a Historia. Sempre em movimento, sem poder baixar na seguinte parada a respirar. Um progresso constante no que é difícil arranjar as coisas. Pisamos, pisamos e não olhamos para os galhos no chão, que ficam parados, quase-que ausentes.

Ninguém sabe a minha dor. O corpo sabe.
Gostaria duma lua para me ouvir, duma luz presente, para não me voltar tola. Novamente. Uma lua que ouvisse os meus cantos toda a noite, até a luz do dia, já que as vezes fico distante.

You can really bring me down
You are really being a bitch

Acho que rasguei as suas roupas, que o deixei nu. Mais também abri o meu peito com uma faca e deixei o meu sangue correr, devagar, gota a gota. E agora esse sangue está seco no chão. Uma marca do passado que é difícil de limpar. Olha para você e eu. Estamos chorando. Pisamos, choramos, pisamos e o nosso olhar é diluído em lágrimas.

And the storm keeps blowing the angel away.


Tengo un miedo estúpido a la intensidad



  1. Tengo un miedo
El sueño que se mezcla con el insomnio en una rutina imparable. Es fácil entender, incluso compartir un concepto, pero no lo es tanto interiorizarlo, desde un punto de vista abstracto. Lo que somos se refleja en escena, porque nos ponemos una máscara... pero una máscara hecha por nosotros.
A veces siento que no tengo poder para dominar mi vida, que vivo en un automatismo constante. No soy dueña de mis actos. Es cierto que hay que hablar de las cosas, Sónia, hay que hablarlas, o al menos escribirlas.
Cuando algo no te interesa... ¿qué puedes hacer para solucionarlo?¿Se necesita formación, información, instinto, personalidad?
Sólo quiero ser feliz.


  1. Tengo un miedo estúpido
Falemos do riso. A miña tía díxome unha vez que as veces dalle un riso e non sabe por qué. É porque é transparente, estou segura. Se teño algo que dicirte é que eres especial. Quizais non es especial. Pero fasme sentir dunha maneira especial. Dame igual que ninguén o saiba. Atopei un fío en ti.
Sempre penso que cando alcance algo todo vai sair mellor. Preciso escoitar a formar en que corta as palabras ao falar, cando entrepecha os ollos suavemente.
Anne Bogart di que a expresión é un acto de forza e Lewis Hyde que a acción pode sair dun impulso de agasallar.
Eu quero vivir ao ritmo do que vive ilusionado.
Eu quero ser feliz.


  1. Tengo un miedo estúpido a la intensidad

El poder curativo de la música.
Insoportable esta sensación de ansia.
Un suspiro. Un movimiento y ya estoy en la cima.
Quedarnos vacíos por dentro, en blanco.

Dame ese pulso, dame tu pulso y juntémoslos de las manos. Déjame correr a tu lado, sólo correr.

Quiero salvarme del mundo mediante la ética y la estética de Schopenhauer, mediante el andar de Anne Teresa, mediante la estúpida idea de un hilo rojo que nos une.
Los sueños revelan todo. El cuerpo sabe. ¿Qué es mi cuerpo? Es difícil decir no al amor.
A glance. A staring.
Toutes les temps. En marchent. En chantant.
“Podemos querer a muchas personas. Pero amar es una palabra muy grande” = Bullshit
Estoy pensando sin estar pensando que tú no estás pensando lo que pienso yo.
Amor por compartir.
Dejar hablar a mi cuerpo, no a mi conciencia. Hay cosas que no necesitan ser pensadas.
My body moves. Out of my breath. Time never comes again.
Eres como un sueño volátil que roza mis mejillas.
Las luces que vienen y van como el mar.
Sólo quiero ser feliz.
Nothing's gonna hurt you baby. Sólo es un poco de incertidumbre. Al final lo que importa son las personas a las que queremos.
Sólo quiero ser feliz.





Cal é a besta...?

Se me perguntam cal é a besta que levo dentro não posso pensar, não posso, não
Se me perguntam cal é a besta que levo dentro debuxo um coração
Se me perguntam cal é a besta que levo dentro quero beijar-te
Se me perguntam cal é a besta que levo dentro quero chorar
Se me perguntam cal é a besta que levo dentro fico parada, a espreitar-te
Se me perguntam cal é a besta que levo dentro não quero espreitar
Se me perguntam cal é a besta que levo dentro baixa – me a tenção
Se me perguntam cal é a besta que levo dentro amo-te, declaração.

Notas sobre a experiência e o saber de experiência

Comentário sobre o texto de Jorge Larrosa Bondía, Notas sobre a experiência e o saber da experiência

1. Palavras

Larrosa começa o texto falando de palavras. Emprega binómios como teoria /pratica, experiencia/ sentido ou informação/opinião. Acho muito interessante a importância que ele dá ao peso da palavra. Até há pouco, eu estava totalmente contra a palavra: contra o teatro textual, contra expressar tudo com palavras, de que tudo estivesse submetido às palavras. Tive que aceitar que isto é assim, que o nosso pensamento funciona com palavras e que inclusive o que não se diz está feito de palavras. Relacionava o poético e a conexão entre as pessoas com algo mais além da palavra, mais não é isso, senão mais bem, é a forma de expressar essa palavra o que lhe dá um sentimento ou um peso e não outro.

As palavras dão sentido à nossa vida:
“E pensar não é somente “raciocinar” ou “calcular” ou “argumentar” (...) mas é sobretudo dar sentido ao que somos e ao que nos acontece” (pax. 21, linha 9).
É muito importante o tema do sentido da vida, porque é o que nos faz viver, o que nos empurra a acionar, a fazer. A vida não tem um sentido por si, por isso cada um deve achá-lo, e isso se faz a partir das palavras.

Lembrei-me com o uso dos binómios na teoria de Derrida, do facto de que funcionamos por contrários, pensamos opondo cousas e que todo esse opor é fictício, já que a linguagem é totalmente fictícia. Isto coloca-me numa situação de confusão: se é algo fabricado por nós, como é possível que seja tão imprescindível?


2. Experiência

a) Etimologia
“O que nos acontece (...) e o que nos passa (...) não o que se passa”
“SE DIRIA QUE TODO LO QUE NOS PASA ESTA ORGANIZADO PARA QUE NADA NOS PASE” Esta foi sem dúvida a frase que mais me fez refletir de todo o texto. É bastante frustrante, o mundo moderno está feito de tal forma que já não podemos gozar das coisas da mesma maneira, já não nos impregnam. É por isso, em parte, que decidi estudar arte. Para parar, para sentir, porque quando vamos ao teatro ou a um museu, de algum jeito abstrais-te do “mundo da rapidez” que há aí fora. Porque o teatro se trata do presente, do aqui e do agora, não do passado nem do futuro. Um lugar aberto a experiência.
Isto abre um debate dentro de mim, uma frustração de querer fazer algo e não ser capaz. -Quero respirar as coisas, quero que me transformem, mas sempre é difícil... a tal ponto que às vezes faço coisas que gosto por obrigação, porque deveria. E o mundo do sujeito produtivo é um combate difícil. Faço referência agora a citação que começa o texto, de Kafka “No combate entre você e o mundo, prefira o mundo". Se queremos ou não, temos que nos adaptar ao mundo de algum jeito, para sobreviver.
O mundo parece nos guiar, que há uma forca superior que nos dita, e a força da civilização moderna: o excesso de informação, de opinião, de trabalho e a falta de tempo. Os elementos dos que fala o autor.


b) Educação
Essa obsessão pela informação e pelo saber é imposta no individuo desde criança. Estes excessos conseguem que nada nos aconteça. Acho muito interessante a diferença que fez entre “informação”, conhecimento ou “aprendizagem” e “experiência”.
Todos esses excessos impedem a experiência, que como já disse é o que realmente nos da vida. Senão somos robôs, somos máquinas de memorizar, aprender e trabalhar.
Traduz o jornalismo como a “aliança perversa entre informação e opinião”.
Relaciona a falta de tempo com a escola e com a vida em geral, sempre temos coisas que fazer na sociedade atual e somos, dalgum jeito, pressionados estar continuamente excitados. Sempre queremos mais, mais e mais. É o século da velocidade. O tempo empregado como uma mercadoria me preocupa. Igualmente fala da conversão de experiência em créditos na universidade, confundindo trabalho com experiência. “Por não podermos parar, nada nos acontece”.


c) O sujeito da experiência.
 Características:
              - Passividade ativa
              - Exposição, recetividade
              - Paixão
Como não vai ser um artista um sujeito da experiência? Por suposto que é necessário, porque significa expormos, como diz o autor, “com todo o que isso tem de vulnerabilidade e de risco”. Que é o teatro se não risco? Que é uma improvisação senão abrir-se e receber? Uma passividade ativa. Estar, existir, estar presente. Que é um ator sem presença?
Introduz a Heidegger explicando que para ele é um sujeito derrubado pela experiência, a experiência apodera-se de si, não tem poder sobre a sua vontade. Algo assim como a ideia de inspiração que provem dos inícios do teatro, na cultura greco-latina. Um artista era aquele eleito pelos deuses, um facto não controlável por nós, senão pelo além. A experiência é, por tanto, algo além de viver um fato. Penso que é o que nos da humanidade, o que nos afasta de parecermos cada vez mais máquinas programadas, o que nos afasta da contemporaneidade fria e distante. Diz que um sujeito incapaz de experiência, seria um sujeito firme, forte, impávido (...) apático. Um artista não é isso, um artista é alguém empático e sensível. Um artista não é só um ser racional e calculador, é alguém que precisa mostrar a sua experiência, não o seu saber.
Relaciona-se também, como diz Bondia, com a paixão, com alheio e a alienação.

d) Qualidade existencial
“Ninguém pode aprender da experiência de outro”. É por isso que cada artista tem algo de pessoal, de interessante, por isso é interessante que o artista mostre a sua forma de ver o mundo, porque é a única pessoa que pode fazê-lo desse jeito, apesar de ser milhares de pessoas na face da Terra. Isso é o mais bonito da arte e do teatro, a individualidade compartida.
Diz que desde que o conhecimento não é um pathei mathos está desligado da vida; não é um saber que nos alimente. E é que a arte esta aí para alimentar as nossas almas, para fazermos sentir algo, não para informarmos... não tem que ser verdade, tem que ser real e tem que estar vivo.

“Se o experimento é repetível, a experiência é irrepetível (...) e uma abertura para o desconhecido”. 

A arte tem esse algo de misterioso e irrepetível.

Unha sala de ensaio



Un fuego en invierno. I love tea. O calor do corpo que baixa pola garganta que chega até o coração. Love me one more time. O camiñar devagar que individualiza a cada pessoa.
Quem sou eu? Sou o calor do coffee, o calor do tea, o calor do meu corpo en movimento.
Sou a minha pessoa en branco e negro, elegante, sen manchas, perfeita. Sou o meu nome en puro que se vai diluindo numa auga chea de cor. Sou esa luz que está dentro desexando sair, sempre latente, tudo o tempo. A cor intanxible que evoca esa imaxe en branco e negro dos anos 20 ou dos anos 30.
Cres que as pessoas somos como as teclas do piano? Brancas com toques negros. Ou negras com toques brancos. Eu creo que (é mentira) que somos todas as cores e nos reducen a dúas, como uma receita de cocinha: um pouquinho de sal, um pouqinho de amarelo, lila, vermelho, tomate e pimenta. Pásase pola licuadora e se pon en moldes: todos iguais, todos perfeitos, en branco e negro, mais cum pasado de luz e de cor.
Dame a túa mão e bailemos ao son deste piano que é a vida. Destrozemos esas teclas, esa orde, esa contraposición.


E.le.men.tos de Bruna Carvalho


Palavras-chave: natureza, pensamento, frustração e calma.

Descrição:
  1. Entrada: o público permanece a escuras e a performer entra por uma rua de luz cálida. No seu movimento, emprega muita tensão muscular e um tempo descontínuo, com intervalos. A expressão facial poderia se dizer que é de pânico ou alienação. Viste de preto com saltos e o pelo amanhado numa trança. Dirige-se lentamente cara ao linoleo, que já não está iluminado pela rua luminosa, mais por outra luz geral.
  2. Continua os movimentos, recreando um ambiente de frustração.
  3. Chega até uma cadeira que tem uma pata mais longa que o resto, de cor cinza. Senta e segue os seus movimentos jogando com imagens do imaginário popular, como o pensador, mais não é quem de ficar na posição. Faz uma pausa e o ruído passa a ser ruído branco.
  4. Baixa da cadeira, vai-se descalçando e chega um momento de relaxamento. Escutasse o mar e a performer mexesse suavemente, com a parte superior do corpo totalmente relaxada e cara adiante.
  5. Volta á tenção e marcha da sala do mesmo jeito que entrou, mais cunha mudança: descalça.

Comentário:
Esta peça fixo-me reflexionar muito sobre o valor das palavras, o sentido e sem sentido destas e sobre como organizam o nosso mundo. Depois de ler o panfleto desta peça, fiquei confusa. Há um tempo eu gostava de ser como a Bruna, “Gostava de não usar palavras. Nem pensamentos.” Simplesmente ser, estar, permanecer. Coma uma árvore. Como a própria natureza. Mais é complicado porque estamos feitos por palavras e pensamentos e ademais somos seres sociais. Esta peça transmitiu-me frustração, uma frustração talvez comunicativa. Uma incapacidade de. De ser ela mesma, de escapar de ela mesma, de chegar a ela mesma. “Ser elemento em liberdade”. Para mim, trata muito do pensamento, dessa vontade de fugir dele. Essa tenção que nos produz a maior parte das vezes e dessa calma que dura tão pouco lá dentro, nas nossas cabeças.
Foi uma peça bastante monótona, no sentido em que não existem grandes mudanças ao longo da atuação; mais intensa, clara. A qualidade de movimento está muito trabalhada, a presença. E a pesar disso também é percibida uma transformação desde o momento em que tira as botas.
O espaço sonoro foi muito interessante. Transita por momentos mais orientais e naturais, como a gota de água ou o som do mar, ata outros mais molestos, como o violino ou o ruído branco. Os sons marcam cada momento performático, o definem. Em canto a indumentaria, vai de preto e pintada com sombras brancas que junto coa gesticulação da cara lembra a dança Butoh.
Cada espetáculo é único e diferente, pois há moitas variáveis, que sempre se adicionam ao que está a acontecer. Isto passou com olor ao sabão lagarto que inundava a sala, fixo-me voltar á minha infância, como o cupcake de Proust, e sentir-me como na casa, cómoda e confortável a pesar do panorama. Achei também que o feito de ter ao lado a um homem com móvel que não parava de se iluminar pela chegada dos whatsapps incrementou todos os pensamentos polos que estava a passar: o mundo de hoje em dia, um mundo de estresse, velocidade e tenção, como estava a mostrar a Bruna Carvalho. Pois me deu muito no que pensar, a pesares de intentar simplesmente estar, coma ela pretende.

Slam poetry Lisboa


Trivial. Trivial? Tribal.
Escuridade e sensações.

A cartografia da cidade na pele.
Lunar a lunar. Manchando. Emborronando.
Floreando.
Cartografías x2. Ou x3.

Globalização. Essa palavra amarga que se nos escorre entre os dedos.
Uma aperta.Um roce. Uma emoção.

“Poetry is needed.
O norte do mar é a lúa”
Obrigado por abrir a mente e o vosso coração. Las cosas siguen pasando y el invierno es siempre largo.

Sujeito da experiencia x2. Ou x3.
“sou loco” Tenho medo de acostumarme ao frio.

Vazio.

Obrigado por abrir a mente e o vosso
coração.
Binomios. Linguaxe e Derrida.
Fortaleça, fragilidade, vitalidade, sexualidade, int...
Descentralização. Nao há conflito.
Nada existe.
Linguaxe e arte.
Movimento e quietude.
A vida é movemento e é transformação.
A condição humana é sempre variável.
Livre. Abstracta. Sem limites.

Eu acho que a orde é uma construcção humana obsesiva. Nada é finito. Nada é totalmente lóxico.

Aspiração ao open-minded. A um mundo sem clausuras. Inconstancia. Interpretar para destapar os próprios mecanismos da interpretação.

Palavras
Construcção  X2 X3
e relação

Utopía
Imposibilidade
e frustação

Nada
existe
e tudo não existe

Banalidade
humana
e necesidade de crer
… crear.

Utopía
Ciclotimia
e contradicción.

O sol acariciando a minha pele seca
que flota no ar
com um son francés e avícola
com um tacto artificial
num mundo construído
um mundo sem parar
uraganático.


100 idioms I

  1. El saber no ocupa lugar = you can never know too much
  2. Hablar por los codos = to talk nineteen to the dozen
  3. Ni corto ni perezoso = as bold as brass / without thinking twice
  4. Por la boca muere el pez = loose lips sink ships
  5. Nada del otro mundo = nothing to write home about
  6. Vivito y coleando = alive and kicking
  7. Coger el toro por los cuernos = to take the bull by the horns
  8. Borrón y cuenta nueva = kiss and make up
  9. Correr un tupido velo = to draw a veil over something
  10. Ponerse las pilas = to pull one's socks up / get cracking / get a move on / get one's act together
  11. Limpio como una patena = as clean as a whistle
  12. Ponerse las botas = to pig out (on ice cream)
  13. Matar el gusanillo = to take the edge off
  14. Caer en saco roto = to fall on deaf ears
  15. Dar en el clavo = to hit the nail on the head
  16. Erre que erre = pigheadedly
  17. Perro ladrador, poco mordedor = all talk and no trousers
  18. A más no poder = until you are blue in the face
  19. Estar en el séptimo cielo = to be over the moon
  20. Meterse en un jardín = to paint oneself into a corner
  21. Santa Rita, Rita, lo que se da no se quita = give a thing, and take thing, to wear the Devil's gold ring
  22. Más fresco que una lechuga = as fresh as a cucumber
  23. Me suena a chino = it's all Greek to me
  24. Estar hecho un flan = to be on pins and needles
  25. Por los pelos = by the skin of my teeth
  26. Andar muy liado = to have one's hands full
  27. A quién madruga, Dios le ayuda = the early bird catches the worm
  28. Estar para chuparse los dedos =  to be finger licking good
  29. Cada loco con su tema = to each its own
  30. Estar al loro = to be on the ball
  31. Estar sin blanca = to be broke
  32. Invito yo  = it's my treat / it's on me
  33. Invita la casa = it's on the house
  34. Beber como un cosaco = to drink as a fish
  35. En pelotas = in the altogether
  36. Tomar el pelo = to pull someone's leg
  37. Olerse algo = to smell a rat
  38. Pasar el marrón = to pass the buck
  39. Estar en el ajo = to be on the loop
  40. El que mucho abarca, poco aprieta = don't bite off more than you can chew
  41. De tal palo, tal astilla = like father, like son
  42. Ser pan comido = to be plain sailing
  43. Está chupado = easy peasy
  44. A lo hecho, pecho = it's no use crying over spilled milk
  45. Él se lo guisa, él se lo come = you've made your bed, now lie in it
  46. Ojos que no ven, corazón que no siente = out of sight, out of mind
  47. Irse de rositas = to get away with
  48. No hay mal que por bien no venga = every cloud has a silver lining
  49. Arma de doble filo = double-edged sword (mixed blessing)
  50. Dar calabazas = to decline someone's advances
  51. Costar un ojo de la cara = it cost an arm and a leg
  52. Estar por las nubes = to be sky - high
  53. ¡Molas ! = you rock !
  54. Otro gallo cantaría = to sing a different tune
  55. En menos que canta un gallo = before you can say Jack Robinson
  56. Ser un don nadie = to be a nobody
  57. Irse por los cerros de Úbeda =  go / fly off on a tangent
  58. ¡Vete con la música a otra parte! = clear off!
  59. Poner toda la carne en el asador = to work one's heart out
  60. Una chapuza = a dog's breakfast / dinner
  61. El que la hace la paga = what goes around comes around
  62. En casa del herrero, cuchillo de palo = the shoemaker's son always goes barefoot
  63. Dar una cabezadita = to have forty winks
  64. Irse a dormir = hit the sack
  65. Estirar la pata = to kick the bucket
  66. Hacer una montaña de un grano de arena = a storm in a teacup
  67. Tirarse a la piscina = jump in at the deep end
  68. Hacer de tripas corazón = to bite the bullet
  69. Guardarse un as en la manga = to keep an ace up one's sleeve
  70. Tomar cartas en el asunto = to step in
  71. En el aire = up in the air
  72. No es oro todo lo que reluce = all hat glitters is not gold
  73. Cada maestrillo tiene su librillo = there's more than one way to skin a cat
  74. All roads lead to Rome
  75. De memoria = by heart
  76. De noche todos los gatos son pardos = all cats are grey in the dark
  77. Una verdad como un templo = a glaring truth / honest-to-God truth
  78. Improvisar sobre la marcha = to play it by ear
  79. Liarse parda = all hell breaks loose
  80. Sacar de las casillas = to drive someone bananas
  81. La gota que colmó el vaso = the straw that broke the camel's back
  82. Estar en racha = to be on a roll
  83. Salir a pedir de boca = to come up roses
  84. A la tercera va la vencida = third time lucky
  85. Ir viento en popa = to go great guns
  86. Mucha mierda! = Break a leg!
  87. Dar la lata = to pester someone
  88. Poner de los nervios = to get on someone's nerves
  89. Qué coñazo / qué pelmazo ! = what a drag!
  90. Pasarse de la raya = to overstep the mark
  91. El que ríe último, ríe mejor = he who laughs last laughs best /longest
  92. Mentira piadosa = white lie
  93. Estar verde de envidia = to be green with envy
  94. Envidia cochina = to be pig sick with envy
  95. Chivarse = to squeal / to grass / to rat
  96. Poner a caldo = to give someone a ticking off
  97. Tener los ánimos por el suelo = to be down in the dumps
  98. Quedarse para vestir santos = to be left on the shelf
  99. Al mal tiempo buena cara = what can't be cured must be endured
  100. Qué cara! = what a cheek!

BUTOH. The dance of darkness



0. KEY WORDS: primitivism, existencialism, dissapointment, human condition, grotesque, memories, visceral, taboo, emotions.

Little performance, write the key words, ask the audience to brainstorm about Japanese dance.



1. HISTORY


a) Creation: to express the dissapointment after II World War, reaction against the Japanese dance scene (which was very traditional and west-imitating)


b) Founders: 1959



  • Hijikata Tatsumi: "the architect of butoh", technician of the nervous system, he worked in groups with childhood memories.
  • Ohno Kazuo: " the soul of butoh", more natural and individual work, influencing solo artists.

c) Features



  • Known to "resist fixity": slow hyper-controlled motion. Example of pushing a wall (strenght and tension).
  • Grotesque imagery: transmutation of the human body into other forms (animals).
  • White-body make-up: close-to-zero state, neutralization, shake off unnecessary tension before dancing, to make a white canvas of the body to paint new colour on it.
  • Extreme and absurd environments: 80's style = nakedness, shaved heads, clawed hands, rolled-up eyes, mouths opened in silent screams, white, dark and gold paint.
  • Sound: traditional, minimalist, themselves (voice/percussion) or silence.
  • Taboo topics: war, human condition and essence... 1st piece based on a novel about homosexuality by Yukio Mishima Kinjiki (Forbidden colours), 1951 - 1953.


d) Tragedy: a performer from a company called Sankai Juku was hunging upside down from a rope from a tall building in Seatle. It broke resulting in the death of him. Butoh came widely known in America after that.





2. YUMIKO YOSHIAKA


- 3rd generation of Butoh artists.

- Former member of the company called Ariadone, founded in 1974, which was the 1st female company and the 1st to go outside Japan.
- Body resonance: own method of bodywork - importance of deeping consciousness of the body, body memory, soul, travel between the visible & invisible, images, feelings, sensations, inspiration on the chinese saying "A hundred (different) flowers are in full bloom".






3. OTHER ARTISTS



  • Sankai Juku: minimalist (Japan)
  • Dairakudakan: very theatrical (Japan)
  • SU-EN Butoh Company (Sweden)
  • Vangeline (France)
  • LEIMAY (Brooklyn)
  • Edoheart: 1st indigenous & African performer, Butoh's Vocal Theatre (West Africa)





Evolución y ruptura del pensamiento del siglo XIX al XX: estética y teorías de la verdad

Siglo XIX 

La reflexión teórica del arte fue una consecuencia de la gran transformación que se estaba produciendo en el momento, tanto artística como social: la nueva sociedad industrial, de masas o de consumo, el contexto histórico de entreguerras y los conceptos nuevos como arte puro, comprometido, desinteresado o deshumanizado. La estética – rama filosófica que estudia la esencia y la percepción de la belleza – tuvo varias corrientes.


Pesimismo de Schopenhauer

El arte es una vía para escapar del estado de infelicidad propio del hombre. La creación artística es la forma más profunda de conocimiento. Con él, se alcanza el estado de felicidad o contemplación, al reconciliarse voluntad y conciencia. Debemos olvidarnos de la voluntad de vivir, del querer. Es el comienzo del idealismo occidental y del pesimismo profundo (que estarán presentes en Wagner, Tolstoi, Nietzche, Freud, Thoman Mann, Jung, Einstein, Weininger, Schrödinger, Strindberg, Beckett...) Vivimos en un mundo donde el dolor es perpetuo.

Nietzsche 

El arte libera nuestro lado dionisíaco a través de la catarsis, permitiéndonos entender lo irracional y lo intuitivo, solo posible desde una libertad máxima. 
La metáfora permite que la recepción sea libre, no cerrada.

Esteticismo 

Surge a finales de siglo como contraposición al utilitarismo. 
Se define con fórmulas como la de Gautier de "el arte por el arte" o como la de Walter Pater de "arte como el círculo mágico de la existencia". 
Se basa en la búsqueda individual de la belleza y del placer, aislándose de la sociedad.
Baudelaire fue uno de los que estudió la relación del arte y la nueva era industrial. Llegó a la conclusión de que cada persona tiene su propio concepto de belleza, teniendo cada uno algo de transitorio y eterno, de particular y absoluto. Una visión neoplatónica, pues dice que la melancolía o anhelo de la belleza ideal es la principal característica del artista moderno.

Estética sociológica o determinismo 

• Hippolyte Tyne elaboró una teoría sociológica del arte, que dice que depende de la la raza, el contexto  y la época del individuo. Para él, la estética del arte opera como cualquier otra disciplina científica. 
• Tolstoi: el arte sólo es válido si sirve para la unificación de los pueblos.

Estética psicológica

Según Freud, el arte revela los impulsos internos y los deseos del artista, que es narcisista. El arte puede ser estudiado mediante el psicoanálisis, como los sueños o las enfermedades mentales. Emplea un método semiótico, estudiando los símbolos.

Estética cultural 

Wilhelm Dilthey crea una teoría sobre la unidad arte-vida: el público, más que los académicos, tiene el poder de determinar si una obra es válida o no, encontrando una “anarquía del gusto”.




Siglo XX 


Aparecen nuevas teorías científicas con respecto al concepto de realidad: la subjetividad del tiempo de Bergson (ya que según él la memoria recoge todos los aspectos de la existencia, vamos del pasado al presente, del recuerdo a la percepción, y no al revés), la relatividad de Einstein, la mecánica cuántica, etc. Cambia la función del arte: ya no se necesita representar la realidad - una cámara lo puede hacer a la perfección – ni transmitir conocimiento – debido a la enorme disminuición del anafalbetismo-, generándose el arte abstracto para expresar el mundo interior del artista. Es un arte de raíz kantiana, en el que el gusto cambia y depende de la conciencia social del placer, debido a la cultura de masas.


• Marxismo: El arte es una “superestructura” cultural determinada por  las necesidades económicas y sociales del ser humano, es reflejo de la realidad social. Está en contra del arte por el arte, no podemos dejar de tomar parte de los conflictos históricos. Critica la violencia, la corrupción y la decadencia de la sociedad capitalista.


Escuela semiótica

• Luigi Pareyson: estética hermeneútica, el arte es la interpretación de la verdad. El arte es “formativo”, es decir, se guía por unas normas que surgen paralelamente a la creación de la obra. Es una actividad que logra un fin sin medios específicos.

Escuela de Turín 

• Umberto Eco: el arte sólo existe en su interpretación, cuando el espectador crea múltiples significados.

Formalismo

Empieza siendo una corriente crítica literaria, proponiendo una forma distinta de abordar el estudio de la literatura. Pretenden que los estudios literarios se centren en los textos, no en la vida de los autores ni en el contexto. Los textos son formas, como las palabras. Seassure ve las lenguas como grandes estructuras y estudia cómo funcionan, la gramática. Los formalistas estudian los mecanismos textuales que dotan al texto de literariedad. Se centran en los poemas. 
En las artes plásticas es Wolfflin quién apuesta por una Historia del arte sin nombres.

Pragmatismo

William James es uno de los defensores, a caballo entre el siglo XIX y el siglo XX. Emplea la utilidad como criterio de verdad, identificando lo verdadero con lo útil para resolver problemas y satisfacer necesidades.
 • John Dewey define el arte como “culminación de la naturaleza”, defendiendo que la base de la estética es la experiencia sensorial, implica iniciativa y creatividad y una interacción entre sujeto y objeto .
• Ortega y Gasset: analiza el arte desde el concepto de sociedad de masas, apreciando una “deshumanización del arte” al no poder analizarla con la suficiente distancia del contexto socio-cultural y al acabarse el elemento imitativo en las obras. Aparece un cierto distanciamento entre arte y receptor.

Criticismo

El conocimiento es posible pero no incuestionable, debe ser revisado y criticado continuamente para detectar falsificaciones y errores. Existen dos tipos de criticismo, el kantiano que resalta la necesidad de aclarar hasta donde llegan nuestras facultades de conocer y el racinalismo crítico de Popper (siglo XX), que resalta la necesidad de poner a prueba todo saber, contrastando nuestros conocimientos de la realidad.

Perspectivismo

No niega la posibilidad teórica de una verdad absoluta como el escepticismo (a pesar de que se parezcan). Cada generación, grupo o individuo conoce desde un punto de vista particular, obteniendo una visión parcial de la realidad. Todas las visiones son reales, y por lo tanto, verdades. La reunión de todas ellas sería la verdad absoluta.

Subjetivismo y relativismo

Son corrientes que se originan ya con los sofistas. La primera dice que la verdad es subjetiva, es decir, distinta para cada uno de nosotros, por lo que no hay una verdad universal. La segunda que la verdad depende de muchos factores como la cultura, las costumbres, las creencias, etc en relación a un momento y lugar determinados, a un tiempo y un espacio.

Escepticismo

Se origina con Pirrón, la continuan los sofistas y el empirista moderno Hume. Niega la posibilidad de obtener conocimientos verdaderos, aunque existiesen.



EN LA ACTUALIDAD 

La posmodernidad es una teoría socio-cultural que no pretende plantear nuevas ideas, ni éticas ni estéticas, tan solo interpretar la realidad mediante la repetición de imágenes anteriores, que pierden su sentido. Asume el fracaso del compromiso artístico, la incapacidad del arte para transformar la vida cotidiana, se vuelve al arte por el arte, con teóricos como Derrida y Foucault. El arte pasa a ser dinámico, en continua transformación. Muchas veces efímero, de percepción instantánea. Es un reflejo de la nueva sociedad, de la velocidad de os medios de comunicación, del consumo. 

La Antiestética es un movimiento muy contemporáneo: busca provocar sensaciones intensas, no belleza, también lo repulsivo y melancólico. Se rechaza el arte vacío, que no busque una emoción en el receptor.


El Escepticismo es la tendencia estética predominante, conocida como Posmodernismo, con representantes de ideologías muy diferentes, como Lyotard, Bell, Rorty o Foucault. No creen en la existencia de una verdad, sino en impresiones subjetivas de la verdad.

Carta escénica


Una música constante resuena siempre a todas horas, a veces se convierte en sonido de obras. Estoy harta, ya no puedo más, pero el insomnio sí. 
Un ángel que siempre susurra en mi cabeza, una estrella que no se apaga y me ciega, una enfermedad constante. Consciencia. La rama a la que agarrarme. Y mientras, yo naufrago sola, ajena a todo, cegada por la luz, que no se puede convertir en sombra: ni en tu interior ni en tu exterior. Una sensación de calma que no consigo controlar. La que reciben los otros no puede ser la misma, porque ellos no se ciegan, no se estancan. Y sin embargo, éste es el único acto dinámico que logro ejecutar. Estoy tirada en un campo verde con el sol en la cara y la humedad de la hierba impregna la ropa, quedando ahí su olor todo el día.  Me hago daño con un alambre y la herida cicatriza para dar paso a una piel nueva que se queda ahí toda la vida. Incluso percibo un olor corporal que se queda en mi memoria olfativa eternamente si así lo deseo.
Sigo aquí, inmóvil, mientras mi cuerpo se estremece ante tanta belleza. No existe una palabra de agradecimiento lo suficientemente grande como para transmitir lo que quiero en este momento.
Gracias por darme vida desde la inmovilidad. 

Escritura automática

Sintomático. Soy. Carcajada de amapolas. Un día de dientes con sabor a cartografía. Cartílago y podría, pero un peldaño me choca la calabaza. Siénteme. Un día. No ahora. Carai. Casi. Esto es un comer ni sin tu camionero de un valle en casa.
No pero ja, ni jamón, je, para don Son. Fernando y el sol es así. Thunder. Tonal como el arbusto y la palmera. 
A veces pienso calamar. Proceso. 
Corrupción. Desvelación. Deus.
 Ática es con un silencioso amor a churruscado. 
Carne vibrante, solidificación sin palabras. ¿Tú? Cuando quiere el sótano es orina americana.
 Hola y tomate con gafas de pasado. Brisa fugaz carantoñas.
 Habla al uso de tu botón con purpurina y color a salitre de judías. Amor. Tu capitán es orquesta en la mar. Jumpar. Guillotina tiene que paulatino llorar de tómbola.
 Tinta debajo un puente a colibrí. Sonoro ayuntamiento de memoria. Bob Esponja está aquí. Si chasquido como la iglesia o coma de goma de lata rapero. 
Brinda hacia aquel cuasi telar de gaviotas fuera Castilla. Estelar universo reflejo pisado. 
Gustoso golosina ganchillo filmoteca. Vigués señora gafa jersey de un mano siquiera triste. 
Rotonda corazón curvilíneo. Trastocado sin que solo tengamos divina. Cristalino madrileño.




Texto a partir del anterior:


Se despertó una ligera mañana llena de una luz cálida. El jardín estaba mojado, los aspersores funcionaban ya. Todavía se apreciaba el olor a salitre de la noche anterior en la terraza. 
Las amapolas me sonreían. 
Me acerqué a la piscina y comprobé que el agua estaba fría aún, el sol se estaba desperezando. Tras haberme relajado un poco en el borde de la piscina, me levanté a coger la carta que había dejado en la mesa auxiliar del jardín. Estaba un poco mojada y olía a una mezcla de frescor y al paso del tiempo, como a la tinta con que había sido escrita. El tacto con el papel me transportó a los viejos días de verano. A los mordiscos en el cuello. A los revolcones en la playa como si fuésemos croquetas que están siendo envueltas en pan rallado. A una especie de luz divina que atravesaba mis ojos y me cegaba. A cuando vivía casi sin ser consciente y no vivía sin vivir.
 ¡Son tantas las emociones que puede albergar una carta! Me quedé como paralizada ante la situación. Hans pasó por mi lado rozándome con el pelo de su pequeño cuerpo, haciéndome volver en mí. No sabía qué hacer, estaba como perdida. Sentía un nudo en el pecho difícilmente desenredable, tenía la sensación de que esa angustia no se iba a marchar nunca. – ¡Buenos días Amelia! 
El vecino estaba regando las plantas. Hice como si no lo hubiera escuchado. Dejé la carta en la mesita auxiliar y me apresuré a entrar en la casa, donde comencé a llorar desoladamente. Después de un tiempo estaba en calma, mi cuerpo estaba tirado sobre la alfombra del salón relajado y sin fuerzas y mis mejillas todavía estaban húmedas. Hans se acercó y lamió las lágrimas de mi rostro. Su presencia me reconfortaba aún más: su calor, su respiración, su comprensión. 
Fue poco después cuando sonó el timbre. La casa estaba echa un cristo y yo todavía vestía la ropa de la noche anterior, no me había borrado ni el maquillaje, que se diluía por mi cara. Subí rápidamente al baño, me arreglé un poco el pelo y me lavé la cara.
 Me eché un poco de colonia, claro. Abrí la puerta y ya entraron corriendo los hijos de mi hermana, que fueron directos al jardín, jugueteando con Hans. 
– ¿Qué tal hermana? Hace un día de locos, parece que hoy al mundo se le ha dado por levantarse pedante... o sensible... no lo sé. Bueno, ¿por dónde empezamos?
 – Pues primero voy a recoger la terraza, que sigue con las cosas sin guardar. 
Rápidamente metí la carta por debajo del vestido y cogí las bandejas de plata para que Ágata las lavara. Mi sobrino pequeño se agarró a mi pierna con fuerza. 
– Te quiero, Ami.
– Yo también, Mario, yo también. 
En ese momento el corazón parecía que se me iba a salir por la boca.